"São cartas de um barqueiro que se vão desvendando, relatos matizados pela inspiradora veia folk-rock-blues de um trio visivelmente amadurecido. Não são apenas as histórias - duas mais duas, são os arranjos que nos vão deixando naturalmente à coca...intimistas, perdidos pela vontade acústica de sempre, estas são as primeiras cartas de um barqueiro à deriva, mas com tanto e tanto para dizer (...) às vezes mais folk, outras vezes mais rock." (1)
Por esta altura não sonhava ainda com o que por aí vinha. Na verdade, apenas imaginava que algo de muito prazenteiro se aproximava - mas apenas imaginava. Posto isto e passado algum tempo, ouvido várias vezes este "Letters From the Boatman", fiquei com a certeza que o grupo de João Rui (voz, guitarra acústica, harmónica, banjo e bandolim), Jorri (baixo e percussões) e Susana Ribeiro (violino, gloken, melodica e harmonium), estava mesmo de parabéns. "Letters From the Boatman" é um disco de 14 cartas musicadas, 14 músicas de uma beleza, de uma coerência e consistência assustadoras, tal a sensação que o disco reproduz em nós - do início ao fim. Do princípio à despedida.
Percebe-se facilmente que é um disco grande; um disco cuidado, nascido da qualidade natural de uma superbanda liderada pelos conimbricences a Jigsaw. Num grande trabalho de produção de Miro Vaz (Pluma), em "Letters From the Boatman" desfilam como convidados, Marco Nunes (Jorge Palma), Raquel Ralha (WrayGunn), Sérgio Nascimento (Humanos), Kaló (Bunnyranch), Paulo Jacob (Bodhi), Carlos Santos (Raindogs), Bérito (Squeeze Theeze Pleeze) e Guilherme Barbosa, entre tantos outros. Que resultado se poderia esperar, senão um disco de grande sensibilidade e sinceridade?
É sabido que a arte dos a Jigsaw se divide sonoramente por dois caminhos; um mais intimista, feito de alguma sobriedade, do sussurro, de uma certa acalmia interior; e um outro mais enérgico, mais rock, mais folk, mais blues, onde se dá espaço à vontade de gritar dos a Jigsaw, de falar mais alto - entre o acústico e o eléctrico. À sonoridade vinda do Poente, dos campos da América do Norte, os a Jigsaw somam uma centrada poesia; cartas de um espírito contraditório, diferente como os dias, ora de azedume, ora de alegria, expressões do viver de um barqueiro com tanta coisa para dizer. Os a Jigsaw dizem-no com aquela humanidade. É sobre as coisas da vida.
Acima de tudo, este é um disco irresistível; um disco que quanto mais se ouve, mais se quer ouvir, tal o preciosismo com que cada tema é modelado; mas também pela melodia, pelas palavras, pela simplicidade e bom gosto dos pormenores. Com o EP "from underskin" (Som Sónico, 2004) à distância de três anos, os a Jigsaw estão maiores, estão melhores e aconselham-se; já!
Ouvir alguns sons de "Letters From the Boatman".
Por esta altura não sonhava ainda com o que por aí vinha. Na verdade, apenas imaginava que algo de muito prazenteiro se aproximava - mas apenas imaginava. Posto isto e passado algum tempo, ouvido várias vezes este "Letters From the Boatman", fiquei com a certeza que o grupo de João Rui (voz, guitarra acústica, harmónica, banjo e bandolim), Jorri (baixo e percussões) e Susana Ribeiro (violino, gloken, melodica e harmonium), estava mesmo de parabéns. "Letters From the Boatman" é um disco de 14 cartas musicadas, 14 músicas de uma beleza, de uma coerência e consistência assustadoras, tal a sensação que o disco reproduz em nós - do início ao fim. Do princípio à despedida.
Percebe-se facilmente que é um disco grande; um disco cuidado, nascido da qualidade natural de uma superbanda liderada pelos conimbricences a Jigsaw. Num grande trabalho de produção de Miro Vaz (Pluma), em "Letters From the Boatman" desfilam como convidados, Marco Nunes (Jorge Palma), Raquel Ralha (WrayGunn), Sérgio Nascimento (Humanos), Kaló (Bunnyranch), Paulo Jacob (Bodhi), Carlos Santos (Raindogs), Bérito (Squeeze Theeze Pleeze) e Guilherme Barbosa, entre tantos outros. Que resultado se poderia esperar, senão um disco de grande sensibilidade e sinceridade?
É sabido que a arte dos a Jigsaw se divide sonoramente por dois caminhos; um mais intimista, feito de alguma sobriedade, do sussurro, de uma certa acalmia interior; e um outro mais enérgico, mais rock, mais folk, mais blues, onde se dá espaço à vontade de gritar dos a Jigsaw, de falar mais alto - entre o acústico e o eléctrico. À sonoridade vinda do Poente, dos campos da América do Norte, os a Jigsaw somam uma centrada poesia; cartas de um espírito contraditório, diferente como os dias, ora de azedume, ora de alegria, expressões do viver de um barqueiro com tanta coisa para dizer. Os a Jigsaw dizem-no com aquela humanidade. É sobre as coisas da vida.
Acima de tudo, este é um disco irresistível; um disco que quanto mais se ouve, mais se quer ouvir, tal o preciosismo com que cada tema é modelado; mas também pela melodia, pelas palavras, pela simplicidade e bom gosto dos pormenores. Com o EP "from underskin" (Som Sónico, 2004) à distância de três anos, os a Jigsaw estão maiores, estão melhores e aconselham-se; já!
Ouvir alguns sons de "Letters From the Boatman".
"Letters From the Boatman" - a Jigsaw (Rewind Music, 2007)
01 Lion's Eyes Louder
02 The Waltz Of Fear
03 You’re The One I Want The Most
04 New Man Waiting
05 Blame Me
06 A River For A Wife
07 Letters From The Boatman
08 Return From Winter
09 My Kindness
10 With My Voice
11 Life’s Like A Riverboat
12 To Whom Shall I Give My Blood
13 Of Those Who Know You're Right
14 Leave If You Can
Folk/Rock/Indie
www.ajigsaw.com
www.rewind-music.net