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A mostrar mensagens com a etiqueta em síntese

EM SÍNTESE|"Whatever" - Skewer

Do Barreiro para o mundo; porque não nos surpreende? O disco chama-se "Whatever" e é um EP de seis temas, sucessor da demo de 2006, " I Need Something Stronger ". Sobre a música, não há segredos. A banda de Valério (voz e guitarra), Ernani Carlos (baixo e coros) e Luis Miguel (bateria), firma-se com afinco no rock alternativo dos anos 90, naquele com base fixa em Seattle. O grupo afirma-o e com razão. Correndo os riscos que tal posição implica, os Skewer não procuram uma particular singularidade; procuram antes fazer bem o que têm de fazer - goste-se ou não. Essencialmente, "Whatever" transmite alegria e uma enorme vontade do grupo em fazer o que faz; da música um divertimento. Sem subterfúgios técnicos, "Whatever" é um exercício revivalista, puro e cru, uma forma de continuar a acreditar em algo que não se esquece, que se vive e em que se acredita incondicionalmente. "Whatever" é isso, uma enorme e pessoal forma de sentir a música; s...

EM SÍNTESE|"Sexually Transmitted Electricity" - Lobster

Bocejo? Como, se não há tempo? Põe-se a rolar "Sexually Transmitted Electricity", novo disco dos Lobster, e imagina-se o suor estampado nos rostos de Guilherme Canhão (guitarra) e Ricardo Martins (bateria). Chega a ser aflitivo só de imaginar tal explosão, pensar em parar tal torrente sonora, quase diabólica, crua como a carne mais vermelha, que emerge do som produzido pela dupla; puro e duro - no seu verdadeiro sentido. Genericamente, a guitarra contorce-se, distorce-se, enrola-se pela bateria enlouquecida, cavalgante, estonteante - às vezes, até numa estranha serenidade. Pelo meio, fica uma dose de loucura e alguma insanidade especialmente bem vinda. Os quase famosos power-rangers , cavaleiros de um asfalto em brasa, servem-nos em "Sexually Transmitted Electricity" uma imprescindível aventura de noise-rock. O disco foi produzido por Paulo Miranda e Rodrigo Cardoso, no AMPstudio. Ouvir o novo single de "Sexually Transmitted Electricity" . "Sexually...

EM SÍNTESE|"Conversa com Carlos Paredes e Zeca Afonso" - Raízes

Quase dois anos depois, a trompa tem o prazer de regressar ao projecto Raízes. Já na altura, por ocasião do lançamento da maqueta "O Fado como Destino" , se afirmava por aqui que o projecto Raízes vivia "de uma guitarra e um piano, de um diálogo" . É esse diálogo que se reafirma em "Conversa com Carlos Paredes e Zeca Afonso", um diálogo onde os dois músicos que compõem o projecto (André Santos na guitarra e Nuno Tavares no piano), se debruçam com uma simplicidade desarmante sobre a obra de Carlos Paredes ("Raiz"; "Divertimento"; "O Fantoche" e "Verdes Anos" ) e Zeca Afonso ("Vampiros"; "Canção de Embalar"; "A Morte Saiu à Rua" e "O Que Faz Falta"). Belíssimos momentos... Depois de uma primeira experiência em volta do fado, esta nova aventura da dupla Raízes parece hoje bem mais consistente. É muita a curiosidade que nos move à partida, tentando perceber como sobreviverão instr...

EM SÍNTESE|"Insistir no Zero" - Rizoma

Sem complexos, os Rizoma levam-nos a "Insistir no Zero". Agora que os Toranja se encontram em banho-maria, Ricardo Frutuoso - voz e guitarra, Dodi - baixo - e Pedro Lima - bateria, decidiram-se a levar em diante um novo projecto pop-rock de expressão portuguesa - Filipe Valentim (teclados) e Fred (bateria) deram uma ajuda. Composto por 13 canções, "Insisitr no Zero" é uma boa surpresa; não é o disco revolucionário que meio país procura por detrás de cada novidade, é antes um disco feito com sinceridade. Centrado igualmente na mensagem, na capacidade de expressar ideias, o som dos Rizoma viaja com liberdade por um largo espectro estilístico; nunca largando uma certa ideia de ser pop-rock . Do mais pop ao mais alternativo e não caindo no goto à primeira, "Insistir no zero" é merecedor de uma atenta segunda audição - terceira, quarta, quinta. É importante repetir. Marcado por alguma espontaneidade, o disco de estreia dos Rizoma é um registo sonoramente desc...

EM SÍNTESE|"Mudar de Bina" - Norberto Lobo

Vamos devagar; devagar porque há prazeres que devem ser saboreados lentamente, de forma a prolongar o prazer - eternamente. "Mudar de Bina" é um arrojado e bem sucedido disco a solo. Sim, acústico e a solo. E aqui, numa espécie de ponto final antes de tempo, talvez se deva referir que fazer música como Norberto Lobo faz e fez neste "Mudar de Bina", não é uma tarefa simples; porque exige sensibilidade, porque exige técnica. Não são todos nem todos os dias, aqueles que se lançam num dedilhar de tamanha expressividade. É apenas uma guitarra, mas uma guitarra explorado ao limite da emoção, com paixão, criatividade e disciplina. Disco instrumental com 10 temas, "Mudar de Bina" é ao mesmo tempo um disco de uma simplicidade arrebatadora, tal o rumo para onde nos transporta a imaginação. A intensidade de uma certa solidão, de um diálogo interior, íntimo, leva Norberto Lobo por uma longa viagem; uma viagem que se inicia na forte influência de Carlos Paredes e termi...

EM SÍNTESE|"Continuar a Acreditar" - Last Hope

15 anos já lá vão... Cinco registos depois - iniciados com a cassete "Merry Christmas Motherfuckers" de 1994, os Last Hope de Marco Dilone - voz, Paulo Ventura - guitarra, Ricardo Fonseca - guitarra, João Cláudio - baixo e Guilherme Simões - bateria, têm álbum novo; "Continuar a Acreditar", de seu título. Formados em 1992, no concelho de Almada, os Last Hope regressam em 2007 com um hardcore endiabrado, agora e pela primeira vez, num álbum totalmente cantado em português. Pleno de energia, pujança, "Continuar a Acreditar" espelha isso mesmo, uma crença quase cega no hardcore nacional, uma crença na ideia de que continua a fazer sentido lutar por causas - muito sentido. Não sendo portadores de ideias especialmente novas - curiosa a entrada em "Espelho da Realidade" com a guitarra portuguesa, os Last Hope afirmam-se em "Continuar a Acreditar" pelo vigor do som e pela expressão de luta das suas letras. Numa mensagem de grande activismo, p...

EM SÍNTESE|"This Place is a Zoo" - Banshee and Something Else We Can't Remember

Entre Setúbal e Palmela, desde 2002... ...os Banshee and Something Else We Can't Remember (BASEWCR) saltam para a ribalta; outra vez. Depois de lançarem o bem recebido EP de 2004, "Drunk, Broke But Happy", os BASEWCR lançam agora o álbum "This Place is a Zoo", resultado directo de uma mescla de energia ska e punk-rock; vivo e caloroso. Composto por 10 temas, o álbum "This Place Is a Zoo" vive de uma frescura indomável. Alegre, bem disposto na sua essência, o novo registo dos BASEWCR confirma as boas indicações deixadas com o disco anterior, mostrando uma banda ainda mais consistente e consciente do seu caminho; uma festa jamaicana... A produção atenta de Francisco Santos (More Than a Thousand, Aside e UHF) deu ao disco a imagem de seriedade que dele transparece do princípio ao fim. Ouvir alguns sons de Banshee and Something Else We Can't Remember . "This Place is a Zoo" - Banshee and Something Else We Can't Remember (Raging Plane...

EM SÍNTESE|"Ashes" - Ashes

Chamam-se Ashes, são de Tomar e têm uma história que remonta já a 1998. Hoje formados por David Pais (voz), Eduardo Serraventoso (guitarra), Marco Rosa (violino), Pedro Caldeira (guitarra), Ricardo Ferreira (baixo) e Ricardo Neto (bateria), os Ashes são, genericamente, um grupo de rock e metal alternativo - genericamente falando. Com um passado feito, igualmente, pelos caminhos do post-grunge , o som deste "Ashes" - EP totalmente gravado, misturado e produzido pela banda, é bem a expressão desse conjunto de variadíssimas influências. Entre a melancolia e alguma raiva, o som dos Ashes vive fortemente nessa dicotomia de sentimentos. Pujante e melodioso, com guitarras insinuantes e uma secção rítmica marcante, é o violino de Marco Rosa que acaba por dar alguma singularidade ao som dos Ashes - ouça-se os interessantes "Bliss" e "Wasted". A voz é versátil e marca o som dos Ashes com as suas variações de registo; de maior quietação, de maior agressividade... ...

EM SÍNTESE|"Allelujah" - One Love Family

Serão certamente um dos projectos mais carismáticos do reggae nacional... ...carisma e singularidade. Não sendo caso único no universo, One Love Family é no entanto tudo isso e mais alguma coisa; isto é, quando a música nasce no seio familiar com todo o amor do mundo. Com idades compreendidas entre os 7 e os 47 anos, os elementos desta família - e amigos - envolvem-se nesta arte que é musicar, de alma e coração, com paixão e toda a ternura. One Love Family é sem dúvida um projecto abençoado; Jah abençoa. Com as gravações repartidas entre Portugal e a Jamaica - aquela paz que não engana, "Allelujah" é isso mesmo, um momento de pura e fraterna comunhão. Desejado e festejado, e sem extrapolar para lá da estética habitual do reggae , a estreia dos One Love Family confirma em tudo o que deles já se sabia; que é indíscutível a necessidade da sua presença em qualquer prateleira de discoteca. Com uma história que remonta na família a 1998, "Allelujah" é um disco completo, ...

EM SÍNTESE|"À Espera de Armandinho" - Pedro Jóia

À espera do quê? De mais um grande disco de um enorme guitarrista português, certamente. É isso que se espera de Pedro Jóia; enquanto o músico, também ele, espera igualmente por alguém. Nós esperamos aquilo que na verdade já adivinhávamos, um disco irrepreensível, Pedro Jóia, espera serenamente pela obra de Armandinho, importante compositor de fado da primeira metade do séc. XX. Depois da riquíssima experiência em volta da obra de Carlos Paredes, Pedro Jóia voltou-se agora para a obra do compositor Armando Freire Salgado - nesta arte conhecido por Armandinho. O resultado, quase obviamente, não poderia ser outro; uma nova e excelente peça de reinterpretações da autoria do brilhante guitarrista clássico que é Pedro Jóia. Pensado ainda no Brasil, "À Espera de Armandinho" traz um conjunto de 12 temas interpretados a solo com uma mestria única - de absoluto brilhantismo. Essa é parte do pasmo; a solo! A perfeição que salta daquele dedilhar solitário - com melodia e ritmo, tudo jun...

EM SÍNTESE|"Trials to Deception" - Profusions

Foram várias as boas pistas deixadas pelos Profusions em 2006 com a edição da maqueta " Paradigma ". Um ano depois, os lisboetas Profusions de André Afonso - também produtor, Miguel Xisto e amigos, regressam, agora com um álbum de produção caseira intitulado "Trials to Deception". Ao todo, são 15 temas, alguns já conhecidos da maqueta "Paradigma", no seu conjunto o reflexo de alguma continuidade nos caminhos explorados anteriormente pelos Profusions. Alguma, já que a presença de Miguel Oliveira nas teclas veio dar ao som dos Profusions uma maior profundidade electrónica, mais progressiva, mais melódica ainda - o estranho "Paradigms" não conta. Quase sempre situado entre o rock e o metal, o som dos Profusions mantém uma segurança técnica assinalável, bem produzido e bem colorido por uma voz competente; é isto que leva os Profusions a enredarem-se continuamente pelas sonoridades mais hard'n'heavy e prog ; o seu campo de acção. "Trial...

EM SÍNTESE|"Nice to Miss You" - Sizo

Sorte a nossa...a de todos os que quiseram passar uns bons momentos ao som de uma rock alternativo, cheio de garra; quiserem, porque este e está ao dispor de todos. É superior a sensação absorvida após as várias audições de "Nice to Miss You", tal o prazer que trespassa deste power quartet tripeiro, nascido pelo ano de 2004. Dois anos depois do já de si interessante EP "Short-Term Proposition" , a evolução dos Sizo é evidente, técnica e esteticamente; não é uma surpresa toda a pujança que ressalta de "Nice to Miss You",, álbum que a banda continua a distribuir gratuitamente em formato digital. Surpresa é a evolução. O quarteto formado por João Guedes na voz, André Cruz na guitarra, Rui Magalhães na bateria e Eurico Amorim nos teclados, prova desde já com este "Nice to Miss You" a sua grande forma, desbravando com mestria o caminho tortuoso do rock alternativo, puxando por umas guitarras arrastadas, sujas, uma voz distorcida, coros e uma energia ...