Um mar de gente; é essa a sensação com que ficamos quando nos assomamos do alto da avenida da entrada e avistamos o Palco 25 de Abril. Incrível.
De resto, foi uma noite musicalmente calma, pouco agitada, dedicada essencialmente a uma Grande Noite de Fado abrilhantada pelos fadistas Aldina Duarte, Raquel Tavares, Chico Madureira e Rosa Madeira.
Entretanto, no Palco 25 de Abril, ouvia-se a Cantata para os 20 Anos da Revoução de Outubro (Serguei Prokofiev), a Orquestra Sinfoneta de Lisboa e o Coral Lisboa Cantat.
Aldina Duarte

Infelizmente, não deu para apanhar o início, no entanto, pelo que se viu e ouviu, serviu perfeitamente para perceber que valeu bem a pena não desistir de passar para lá do Aqueduto das Águas Livres - sempre a terrível e habitual fila trânsito. Na verdade, deu ainda para assistir a uma boa meia-dúzia de fados na voz seca e sentida da fadista Aldina Duarte. Entre "Apenas o Amor" (EMI, 2004) e "Crua" (EMI, 2006), Aldina Duarte foi-no levando com prazer por entre a pureza do seu cuidado fado tradicional. A empatia com o público estava criada, estava iniciada uma bela noite de fado. Num espaço à partida pouco habitual para uma noite de fado - se é que há espaços habituais para se cantar o fado, Aldina Duarte acabou por desmenti-lo, dizendo que não; o fado é do povo, em qualquer lugar...uma herança renovada, feita de respeito pelas raízes.
Raquel Tavares

Uma herança que se vai renovando; outra vez. Depois, chegou Raquel Tavares, naquele seu ar descontraído, jovial e de pose gitana. Começado o fado, a jovem artista soube igualmente e desde logo agarrar o público; defensora também ela do fado tradicional - acérrima, lançou pelo vasto auditório 1º de Maio, com personalidade, toda a clareza e luminosidade da sua voz. Acompanhada por um trio de guitarra portuguesa, viola e baixo, o fado fortemente lisboeta de Raquel Tavares impressionou; pela garra, pela força, pelo fado puro. Lançado que foi o álbum homónimo em 2006, (Movieplay), ontem, pudemos confirmar porque é Raquel Tavares uma das vozes mais fantásticas do nosso fado.
O fado continuou, nós, fomos dar uma volta...
Andarilhos

Vindo de uma rápida passagem pelo Palco Solidariedade, onde se sentiu os Blues Fiver Band, ouviu-se um "para melhor está bem, está bem; para pior, já basta assim"; poderia ser este o lema da actuação de ontem dos Andarilhos no Palco Arraial da Festa. Divulgadores da música tradicional portuguesa, o grupo de Baião (Porto), bem encravado na feira entre o Alentejo e Braga, deu aquele espectáculo de alegria que lhe é característico. Não é só música tipicamente portuguesa que se ouve, o grupo nortenho vive igualmente de uma espírito de fusão com os sons de outros paralelos e meridianos; africanos, por exemplo. No fim e por entre a parafernália habitual de instrumentos tradicionais, o que fica é a festa; não tão grande como mereciam, dado o adiantado da hora. Vai uma chula?
Hoje há mais!
De resto, foi uma noite musicalmente calma, pouco agitada, dedicada essencialmente a uma Grande Noite de Fado abrilhantada pelos fadistas Aldina Duarte, Raquel Tavares, Chico Madureira e Rosa Madeira.
Entretanto, no Palco 25 de Abril, ouvia-se a Cantata para os 20 Anos da Revoução de Outubro (Serguei Prokofiev), a Orquestra Sinfoneta de Lisboa e o Coral Lisboa Cantat.
Aldina Duarte

Infelizmente, não deu para apanhar o início, no entanto, pelo que se viu e ouviu, serviu perfeitamente para perceber que valeu bem a pena não desistir de passar para lá do Aqueduto das Águas Livres - sempre a terrível e habitual fila trânsito. Na verdade, deu ainda para assistir a uma boa meia-dúzia de fados na voz seca e sentida da fadista Aldina Duarte. Entre "Apenas o Amor" (EMI, 2004) e "Crua" (EMI, 2006), Aldina Duarte foi-no levando com prazer por entre a pureza do seu cuidado fado tradicional. A empatia com o público estava criada, estava iniciada uma bela noite de fado. Num espaço à partida pouco habitual para uma noite de fado - se é que há espaços habituais para se cantar o fado, Aldina Duarte acabou por desmenti-lo, dizendo que não; o fado é do povo, em qualquer lugar...uma herança renovada, feita de respeito pelas raízes.
Raquel Tavares

Uma herança que se vai renovando; outra vez. Depois, chegou Raquel Tavares, naquele seu ar descontraído, jovial e de pose gitana. Começado o fado, a jovem artista soube igualmente e desde logo agarrar o público; defensora também ela do fado tradicional - acérrima, lançou pelo vasto auditório 1º de Maio, com personalidade, toda a clareza e luminosidade da sua voz. Acompanhada por um trio de guitarra portuguesa, viola e baixo, o fado fortemente lisboeta de Raquel Tavares impressionou; pela garra, pela força, pelo fado puro. Lançado que foi o álbum homónimo em 2006, (Movieplay), ontem, pudemos confirmar porque é Raquel Tavares uma das vozes mais fantásticas do nosso fado.
O fado continuou, nós, fomos dar uma volta...
Andarilhos

Vindo de uma rápida passagem pelo Palco Solidariedade, onde se sentiu os Blues Fiver Band, ouviu-se um "para melhor está bem, está bem; para pior, já basta assim"; poderia ser este o lema da actuação de ontem dos Andarilhos no Palco Arraial da Festa. Divulgadores da música tradicional portuguesa, o grupo de Baião (Porto), bem encravado na feira entre o Alentejo e Braga, deu aquele espectáculo de alegria que lhe é característico. Não é só música tipicamente portuguesa que se ouve, o grupo nortenho vive igualmente de uma espírito de fusão com os sons de outros paralelos e meridianos; africanos, por exemplo. No fim e por entre a parafernália habitual de instrumentos tradicionais, o que fica é a festa; não tão grande como mereciam, dado o adiantado da hora. Vai uma chula?
Hoje há mais!
