Perdido algures entre o primitivo e o vanguardismo do som...mas afinal quem é que goza?
"Para o inferno com eles", com todos...no ríspido e animado 'campo de batalha' do noise nacional, do experimentalismo mais ou menos roqueiro - pelo menos em Fish & Sheep - esta segunda edição da Lovers & Lollypops (2005) tem certamente o seu lugar; sim, nesse catálogo cada vez mais vasto. Para início de conversa, este split-CD-R não deve ser entendido - nunca - como um produto final, que se esgosta neste mero registo de estúdio, mas antes, como um marco, uma viagem recambolesca que só termina e tem o seu apogeu em cima do palco, ao vivo; sente-se que Fish & Sheep e Tropa Macaca vivem para se disfrutados ao vivo. Diferentes...mas iguais na forma como assentam num pressuposto de liberdade criativa.
"São estilhaços Maria!". São formas rápidas e cruas de desconstrução sonora, rítmica, de deconstrução de tudo o que o som e a electricidade tem para nos oferecer; tudo se converte em arrepio, em estupefacção...efectivamente, "Para o inferno com eles" é mais um daqueles produtos conceptuais baseados na experimentação sonora e eléctrica levada ao extremo; de descargas sonoras efusivas e insinuantes, ruidosas - salvé poderoso feedback, e de um espírito livre que se mantém - free rock, free jazz, free, free. A canção que não existe, a harmonia que se ignora, o prazer que se mantém apesar da dúvida...mas afinal quem é que goza?
No meio da pacífica contenda estão os Fish & Sheep, um duo composto por Afonso Simões na bateria (Phoebus, Braço e Manta Rota) e Jorge Martins na guitarra eléctrica (Frango) e os Tropa Macaca; do Norte (Santo Tirso), compostos por Ju-Undo (a.k.a. Joana da Conceição) e Símio Superior (a.k.a. André Abel dos Dance Damage). Mas são diferentes...
Em Fish & Sheep há muita guitarra, muita bateria, poderosas, batimento cardíaco acelerado, explosão, recriação, velocidade, dureza, rock'n'roll do pós-pós-pós...em Tropa Macaca há mais manipulação, há uma explosão controlada, até tardia, ruidosa mas ambiental, mais flutuante; "Cabra Cega" vive na pura divagação - estética e estilisticamente confinado - com os seus mais de 20 minutos a manipular e recriar uma realidade sonora intemporal...a tratá-la...
"São explosões Maria, explosões!", tal a aspereza deste segundo chupa-chupa, provado após um banho no balde do cimento.
Docinho...
Ouvir alguns sons da Tropa Macaca.
"Para o inferno com eles", com todos...no ríspido e animado 'campo de batalha' do noise nacional, do experimentalismo mais ou menos roqueiro - pelo menos em Fish & Sheep - esta segunda edição da Lovers & Lollypops (2005) tem certamente o seu lugar; sim, nesse catálogo cada vez mais vasto. Para início de conversa, este split-CD-R não deve ser entendido - nunca - como um produto final, que se esgosta neste mero registo de estúdio, mas antes, como um marco, uma viagem recambolesca que só termina e tem o seu apogeu em cima do palco, ao vivo; sente-se que Fish & Sheep e Tropa Macaca vivem para se disfrutados ao vivo. Diferentes...mas iguais na forma como assentam num pressuposto de liberdade criativa.
"São estilhaços Maria!". São formas rápidas e cruas de desconstrução sonora, rítmica, de deconstrução de tudo o que o som e a electricidade tem para nos oferecer; tudo se converte em arrepio, em estupefacção...efectivamente, "Para o inferno com eles" é mais um daqueles produtos conceptuais baseados na experimentação sonora e eléctrica levada ao extremo; de descargas sonoras efusivas e insinuantes, ruidosas - salvé poderoso feedback, e de um espírito livre que se mantém - free rock, free jazz, free, free. A canção que não existe, a harmonia que se ignora, o prazer que se mantém apesar da dúvida...mas afinal quem é que goza?
No meio da pacífica contenda estão os Fish & Sheep, um duo composto por Afonso Simões na bateria (Phoebus, Braço e Manta Rota) e Jorge Martins na guitarra eléctrica (Frango) e os Tropa Macaca; do Norte (Santo Tirso), compostos por Ju-Undo (a.k.a. Joana da Conceição) e Símio Superior (a.k.a. André Abel dos Dance Damage). Mas são diferentes...
Em Fish & Sheep há muita guitarra, muita bateria, poderosas, batimento cardíaco acelerado, explosão, recriação, velocidade, dureza, rock'n'roll do pós-pós-pós...em Tropa Macaca há mais manipulação, há uma explosão controlada, até tardia, ruidosa mas ambiental, mais flutuante; "Cabra Cega" vive na pura divagação - estética e estilisticamente confinado - com os seus mais de 20 minutos a manipular e recriar uma realidade sonora intemporal...a tratá-la...
"São explosões Maria, explosões!", tal a aspereza deste segundo chupa-chupa, provado após um banho no balde do cimento.
Docinho...
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"Para o inferno com eles" - Fish & Sheep+ Tropa Macaca (2005/Lovers and Lollypops)
01 Bodyboard - Floater (Fish & Sheep)
02 Bodyboard - goofie (Fish & Sheep)
03 Bodyboard - off the lip (Fish & Sheep)
04 Cabra Cega (Tropa Macaca)
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