"Nasci em Lisboa. Cresci em Chelas num bairro social. A minha mãe alertou-me para a importância de aprender com tudo o que visse e ouvisse. Falou-me da importância de usar a imaginação e os sonhos para superar as dificuldades da vida. Ensinou-me a acreditar na vida e a ouvir o coração"(1). A ouvir o coração e a cantar para que todos a ouçamos...essa é a felicidade.
Percebo pouco de fado, muito pouco, apenas sei que gosto, de algum; nomalmente parece-me suficiente, porque é de gosto que falo, de sensações, de sentimentos provocados. Sentidos. Um fado que me persegue.
"Crua", segundo álbum de Aldina Duarte (depois do excelente "Apenas o Amor" de 2004), é isso mesmo, um forma clara, aberta e límpida de provocar sensações; boas, tocantes, sinceras e únicas. "Crua" vive enrolado numa dúzia de belos fados tradicionais, com a assinatura de João Monge na letras - extraordinárias. São fados tradicionais. Aldina Duarte é uma fadista singular - sim, fadista, deste e dos outros tempos - na forma como expõe as raízes do fado, assim, cruas, sem máscaras, longe de efeitos coloridos. Talvez seja a maior característica do fado na voz de Aldina Duarte; o cheiro ao passado, à tradição, ao fado - sim ao fado, àquilo que este transporta de mais simples e genuíno. O fado de Aldina Duarte apela aos sentidos, a todos; ouve-se, cheira-se, saboreia-se; vê-se e até se toca tal a solidez do seu substracto, da sua profundidade. Firme nas palavras, límpida na voz, transparente no coração, "Crua" é de uma simplicidade desconcertante, que nos leva e vence pelas palavras - irremediavelmente - e mais nos convence pela guitarra portuguesa de José Manuel Neto e pela viola de Carlos Manuel Proença.
Perto do coração, perto da realidade, perto de nós....
(1) www.aldinaduarte.com
Ouvir algumas amostras de "Crua".
Percebo pouco de fado, muito pouco, apenas sei que gosto, de algum; nomalmente parece-me suficiente, porque é de gosto que falo, de sensações, de sentimentos provocados. Sentidos. Um fado que me persegue.
"Crua", segundo álbum de Aldina Duarte (depois do excelente "Apenas o Amor" de 2004), é isso mesmo, um forma clara, aberta e límpida de provocar sensações; boas, tocantes, sinceras e únicas. "Crua" vive enrolado numa dúzia de belos fados tradicionais, com a assinatura de João Monge na letras - extraordinárias. São fados tradicionais. Aldina Duarte é uma fadista singular - sim, fadista, deste e dos outros tempos - na forma como expõe as raízes do fado, assim, cruas, sem máscaras, longe de efeitos coloridos. Talvez seja a maior característica do fado na voz de Aldina Duarte; o cheiro ao passado, à tradição, ao fado - sim ao fado, àquilo que este transporta de mais simples e genuíno. O fado de Aldina Duarte apela aos sentidos, a todos; ouve-se, cheira-se, saboreia-se; vê-se e até se toca tal a solidez do seu substracto, da sua profundidade. Firme nas palavras, límpida na voz, transparente no coração, "Crua" é de uma simplicidade desconcertante, que nos leva e vence pelas palavras - irremediavelmente - e mais nos convence pela guitarra portuguesa de José Manuel Neto e pela viola de Carlos Manuel Proença.
Perto do coração, perto da realidade, perto de nós....
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Ouvir algumas amostras de "Crua".
"Crua" - Aldina Duarte (2006/EMI)
01 A Saudade Anda Descalça
02 A Estação das Cerejas
03 Luas Brancas
04 Andei a Ver de Ti
05 Dor Feliz
06 Deste-me Tudo o que Tinhas
07 Flor do Cardo
08 A Estação dos Lírios
09 Xaile Encarnado
10 O Cachecol do Artista
11 À Porta da Vida
12 O Sorriso das Águas
Fado
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