São os senhores que se seguem; e que senhores...
Passadas poucas semanas sobre o último lançamento dos Dead Combo, "Guitars From Nothing", uma edição limitada, em vinil, lançada pela Rastilho Records, a vontade de voltar a trazer esta dupla para a frente deste blog, cresceu; exponencialmente. Encaixavam que nem uma luva na rubrica 'discografias'. Assim foi.
Corria o ano de 2003, quando a convite de Henrique Amaro, os Dead Combo participaram com o tema "Paredes Ambience" no disco de homenagem a Carlos Paredes, “Movimentos Perpétuos – Música para Carlos Paredes”. Corria e correu, não demorando muito até podermos deliciarmo-nos com o aroma diferente que havia há pouco visto a luz. Chegámos a 2004...
...ano em que numa edição da Transformadores, os Dead Combo lançam o seu "Vol.1". O choque. Numa nova linguagem, minimal, crua, Tó Trips e Pedro Gonçalves criam um som tão característico, que os torna quase automaticamente identificáveis só por isso. São as imagens que se criam, que deixam no ar, o apelo constante à imaginação numa espécie de fado western - como se repetiu por aí, a Lisboa da noite, da travessa escura, da bruma que cai sobre a calçada...tudo tão tipicamente lisboeta, tão tipicamente do mundo. Quase sempre, cenários de uma cidade perdida, às vezes adormecida à beira do Tejo. Aclamado o "Vol.1", rapidamente chegámos a 2006...
...pois uma vez lá chegados, aquela guitarra desajeitada e aquele contrabaixo tuga, haveriam de voltar a fazer miséria. Com selo Dead & Company, a dupla lança o igualmente extraordinário "Vol.2 - Quando a Alma Não é Pequena", onde não só confirma a unicidade da sua arte, como aprofunda a experiência, voltando a criar um conjunto de temas de uma beleza absolutamente intratável. Não sendo muito diferente do anterior, é verdade, ele é acima de tudo o prolongamento natural de "Vol.1"; é a afirmação de uma certa ideia criativa. Mais pensado e mais trabalhado, sempre encurralado na secura daquela expressão, o "Vol.2" volta a deixar-nos enleados em tal vibração sonora. Logo, logo com 2007 à porta...
...chega o já referido "Guitars From Nothing", o terceiro disco dos Dead Combo, que na verdade corresponde ao primeiro, pois é totalmente preenchido pelas primeiras experiências de Tó Trips. Acabando no princípio, o ciclo fica fechado, para já. Fintado o peso de um terceiro disco - de interesse histórico, fica-se a aguardar, ansiosamente, pelo quarto, pelas novas vielas a trilhar desta velha sempre nova cidade.
Para já, o que fica, é uma das propostas mais inovadoras, surgidas nos últimos anos - largos - no campo da música portuguesa. Não é só inovadora, é acima de tudo extraordinariamente bela.
Discografia
- "Guitars From Nothing" (Rastilho Records, 2007)
- "Vol.2" - Quando a Alma Não é Pequena (Dead & Company, 2006)
- "Vol.1" (Transformadores, 2004)
Ouvir alguns sons de Dead Combo.
Passadas poucas semanas sobre o último lançamento dos Dead Combo, "Guitars From Nothing", uma edição limitada, em vinil, lançada pela Rastilho Records, a vontade de voltar a trazer esta dupla para a frente deste blog, cresceu; exponencialmente. Encaixavam que nem uma luva na rubrica 'discografias'. Assim foi.
Corria o ano de 2003, quando a convite de Henrique Amaro, os Dead Combo participaram com o tema "Paredes Ambience" no disco de homenagem a Carlos Paredes, “Movimentos Perpétuos – Música para Carlos Paredes”. Corria e correu, não demorando muito até podermos deliciarmo-nos com o aroma diferente que havia há pouco visto a luz. Chegámos a 2004...
...ano em que numa edição da Transformadores, os Dead Combo lançam o seu "Vol.1". O choque. Numa nova linguagem, minimal, crua, Tó Trips e Pedro Gonçalves criam um som tão característico, que os torna quase automaticamente identificáveis só por isso. São as imagens que se criam, que deixam no ar, o apelo constante à imaginação numa espécie de fado western - como se repetiu por aí, a Lisboa da noite, da travessa escura, da bruma que cai sobre a calçada...tudo tão tipicamente lisboeta, tão tipicamente do mundo. Quase sempre, cenários de uma cidade perdida, às vezes adormecida à beira do Tejo. Aclamado o "Vol.1", rapidamente chegámos a 2006...
...pois uma vez lá chegados, aquela guitarra desajeitada e aquele contrabaixo tuga, haveriam de voltar a fazer miséria. Com selo Dead & Company, a dupla lança o igualmente extraordinário "Vol.2 - Quando a Alma Não é Pequena", onde não só confirma a unicidade da sua arte, como aprofunda a experiência, voltando a criar um conjunto de temas de uma beleza absolutamente intratável. Não sendo muito diferente do anterior, é verdade, ele é acima de tudo o prolongamento natural de "Vol.1"; é a afirmação de uma certa ideia criativa. Mais pensado e mais trabalhado, sempre encurralado na secura daquela expressão, o "Vol.2" volta a deixar-nos enleados em tal vibração sonora. Logo, logo com 2007 à porta...
...chega o já referido "Guitars From Nothing", o terceiro disco dos Dead Combo, que na verdade corresponde ao primeiro, pois é totalmente preenchido pelas primeiras experiências de Tó Trips. Acabando no princípio, o ciclo fica fechado, para já. Fintado o peso de um terceiro disco - de interesse histórico, fica-se a aguardar, ansiosamente, pelo quarto, pelas novas vielas a trilhar desta velha sempre nova cidade.
Para já, o que fica, é uma das propostas mais inovadoras, surgidas nos últimos anos - largos - no campo da música portuguesa. Não é só inovadora, é acima de tudo extraordinariamente bela.
Discografia
- "Guitars From Nothing" (Rastilho Records, 2007)
- "Vol.2" - Quando a Alma Não é Pequena (Dead & Company, 2006)
- "Vol.1" (Transformadores, 2004)
Ouvir alguns sons de Dead Combo.
Alternativo
www.deadcombo.net