É um caso mais ou menos sério este mundo. Mais. Não é tanto pela especial originalidade da oferta - qualquer coisa algures entre uns Mão Morta e uns Ornatos Violeta, mas sim pela consistência do resultado final. Um resultado final marcado por um bom pop-rock cantado em bom português. Bem. É isto que os Mundo Cão nos oferecem, um grande disco de pop-rock cantado na língua de Camões. Mas apenas isso? Assim? Não. É grande porque vive de excelentes letras - da safra de Adolfo Luxúria Canibal - e é grande porque vive igualmente de bons arranjos.
Sendo apenas o álbum de estreia é ao mesmo tempo um disco feito por quem sabe o que faz; é isso que faz com que o primeiro disco de Pedro Laginha - voz, Miguel Pedro - bateria, Vasco Vaz - guitarra, Budda - guitarra e Duarte Nuno - baixo, seja com tanta facilidade o que é; um prazer natural. O pegadiço single de apresentação, "Morfina", corre há muito rádios e telenovelas.
Sem segredos de maior, se não a experiência dos seus criadores - já referida anteriormente, os Mundo Cão sabem o que fazem. Com um início arrasador, ao som de "Morfina", "O Caixão da Razão" e "Divã de Tule", o resto esvai-se com naturalidade, afirmando-se continuamente pela voz forte e colocada de Pedro Laginha e pelo trabalho instrumental algo sinuoso, roqueiro, aqui e ali bem levado aos limites pelas guitarras. Muito equilibrado.
Sem loucuras ou outras invenções de maior, "Mundo Cão" é uma das propostas mais fortes da nova pop portuguesa; não só porque aposta e ganha a luta da música em si, mas também porque aposta mais do que é normal - no estranho mundo da pop - nas letras, em português - de percepção rápida ainda que de compreensão mais lenta, dada a complexidade de alguns textos.
É isto que me deixa feliz em "Mundo Cão"; saber que continua a ser possível criar canções suficientememente adocicadas sem abdicar de alguma dureza nos riffs nem de alguma profundidade na mensagem. Mundo Cão fazem e fazem-no bem. Muito bem.
O pop-rock nacional vive . Excelente.
Ouvir alguns sons de "Mundo Cão".
Sendo apenas o álbum de estreia é ao mesmo tempo um disco feito por quem sabe o que faz; é isso que faz com que o primeiro disco de Pedro Laginha - voz, Miguel Pedro - bateria, Vasco Vaz - guitarra, Budda - guitarra e Duarte Nuno - baixo, seja com tanta facilidade o que é; um prazer natural. O pegadiço single de apresentação, "Morfina", corre há muito rádios e telenovelas.
Sem segredos de maior, se não a experiência dos seus criadores - já referida anteriormente, os Mundo Cão sabem o que fazem. Com um início arrasador, ao som de "Morfina", "O Caixão da Razão" e "Divã de Tule", o resto esvai-se com naturalidade, afirmando-se continuamente pela voz forte e colocada de Pedro Laginha e pelo trabalho instrumental algo sinuoso, roqueiro, aqui e ali bem levado aos limites pelas guitarras. Muito equilibrado.
Sem loucuras ou outras invenções de maior, "Mundo Cão" é uma das propostas mais fortes da nova pop portuguesa; não só porque aposta e ganha a luta da música em si, mas também porque aposta mais do que é normal - no estranho mundo da pop - nas letras, em português - de percepção rápida ainda que de compreensão mais lenta, dada a complexidade de alguns textos.
É isto que me deixa feliz em "Mundo Cão"; saber que continua a ser possível criar canções suficientememente adocicadas sem abdicar de alguma dureza nos riffs nem de alguma profundidade na mensagem. Mundo Cão fazem e fazem-no bem. Muito bem.
O pop-rock nacional vive . Excelente.
Ouvir alguns sons de "Mundo Cão".
"Mundo Cão" - Mundo Cão (Som Livre, 2007)
01 Morfina
02 O caixão da razão
03 O Divã de Tule
04 Vasculhar sua Ficção
05 Andarilho do Desejo
06 Noite na Cidade
07 Da Vertigem sou Mendigo
08 Louva-a-Deus (enamorado)
09 Estroinice
10 Olga Diz
11 (...)
Rock
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