CRÍTICA"Ulisses" - Cristina Branco
A Voz. Aquela.
Como flui versátil. Quente, transparente e cheia de sensibilidade. Características marcantes de uma voz que se encaixa em tudo e em todo o lado de uma forma serena, brilhante e emotiva. Mais grave, mais aguda, mais acima, mais abaixo, o que ouvimos é uma voz versátil a fluir. E flui.
O Fado. O tal.
Ás vezes e só às vezes e porque a tradição ainda é o que é. "Ulisses" não é definitivamente um disco de fado (somente), é antes e isso sem dúvida, um disco de uma musicalidade universal. Ainda assim, "Ulisses" vive imbuído de um espírito fadista, mesmo que o seu corpo nos mostre outras feições a alma, essa, é quase sempre a mesma, a dos tons da saudade, baseada naquela forma de dizer as coisas, seja como for.
As Palavras. Sempre...
São escolhidas, universais, são poesia viva. A música de Cristina Branco é poesia em movimento, escolhida a dedo, com peso, com aquela medida que só os grandes artistas sabem tirar. Canta-se em português, inglês, francês e até castelhano, mas cantam-se palavras doces, de amor, de viagens e regressos, de saudade. Novamente a universalidade.
A Música. Ela.
Entre o clássico e o moderno. Entre a tradição e a inovação. Bela e perfeita, é como se posiciona a música de Cristina Branco, nela sobressaindo o piano de Ricardo Dias e principalmente, a extraordinária guitarra portuguesa desse mestre que dá pelo nome de Custódio Castelo, igualmente o principal compositor dos temas originais interpretados pela cantora. Fulgurante. Entre a tradição e a inovação, novamente: "Sete pedaços de vento" tem um brilho especial.
O vento e o mundo. Ao longe.
"Ulisses" fala de viagens, aventuras, momentos de passagem para lugares longíquos, regressos e às vezes a saudade...sempre a saudade, intermitentemente.
Belo.
Ouvir "Redondo Vocábulo" e "Navio Triste" (excertos).
Como flui versátil. Quente, transparente e cheia de sensibilidade. Características marcantes de uma voz que se encaixa em tudo e em todo o lado de uma forma serena, brilhante e emotiva. Mais grave, mais aguda, mais acima, mais abaixo, o que ouvimos é uma voz versátil a fluir. E flui.
O Fado. O tal.
Ás vezes e só às vezes e porque a tradição ainda é o que é. "Ulisses" não é definitivamente um disco de fado (somente), é antes e isso sem dúvida, um disco de uma musicalidade universal. Ainda assim, "Ulisses" vive imbuído de um espírito fadista, mesmo que o seu corpo nos mostre outras feições a alma, essa, é quase sempre a mesma, a dos tons da saudade, baseada naquela forma de dizer as coisas, seja como for.
As Palavras. Sempre...
São escolhidas, universais, são poesia viva. A música de Cristina Branco é poesia em movimento, escolhida a dedo, com peso, com aquela medida que só os grandes artistas sabem tirar. Canta-se em português, inglês, francês e até castelhano, mas cantam-se palavras doces, de amor, de viagens e regressos, de saudade. Novamente a universalidade.
A Música. Ela.
Entre o clássico e o moderno. Entre a tradição e a inovação. Bela e perfeita, é como se posiciona a música de Cristina Branco, nela sobressaindo o piano de Ricardo Dias e principalmente, a extraordinária guitarra portuguesa desse mestre que dá pelo nome de Custódio Castelo, igualmente o principal compositor dos temas originais interpretados pela cantora. Fulgurante. Entre a tradição e a inovação, novamente: "Sete pedaços de vento" tem um brilho especial.
O vento e o mundo. Ao longe.
"Ulisses" fala de viagens, aventuras, momentos de passagem para lugares longíquos, regressos e às vezes a saudade...sempre a saudade, intermitentemente.
Belo.
Ouvir "Redondo Vocábulo" e "Navio Triste" (excertos).
"Ulisses" - Cristina Branco (2005/Universal)
01 Sonhei que estava em Portugal/Anda Luzia
02 Alfonsina y el mar
03 Sete pedaços de vento
04 Redondo vocábulo
05 A case of you
06 Navio triste
07 Oh! Como se me alonga de ano em ano
08 Choro (Ai barco que me levasse)
09 Liberté
10 Cristal (Tinha algum vinho ainda)
11 Porque me olhais assim
12 E Por Vezes
13 Circe (meu amor corre-me o corpo)
14 Gaivota
15 Fundos
Fado/Popular
www.cristinabranco.com