Avançar para o conteúdo principal

CRÍTICA"Puget Sound" - Puget Sound


Delicioso. Não é nem nunca será uma experiência musical convencional. Ainda bem.
Criado para funcionar especificamente ao vivo, fruto da comunhão sonora de três projectos musicais (Electric Marbles, The Boy With a Broken Leg e Daily Misconceptions) e da presença das imagens oferecidas pelos VJ's Soft Loop e X, o conceito experimental "Puget Sound" está aí para nos absorver.
São experiências sonoras. Experiências electrónicas, carregadamente ambientais, diversificadas, tristes, alegres, tocantes. São estados de alma diversos, sons e luzes quotidianas que nos entram pelos tímpanos e nos deixam atentos, relaxados, muito atentos...São três projectos interessantes, The Boy With a Broken Leg com uma certa forma de composição sonora, recortada, colada, uns Daily Misconceptions criadores de ambientes em fascínio, palcos e cenários e são uns Electric Marbles, num espírito mais canção (mas não muito), cantada, no meio dos sons do dia, da noite, do quotidiano, da vida.
Não, não descobriram a pólvora. Descobriram um conceito, uma certa forma de fazer música, arriscada, diferente, às vezes dormente, emocional, outras vezes absorvente. Quase sempre absorvente.
Resultado de uma parceria com a Essay Collective, o projecto Puget Sound integra a ideia de três projectos musicais tornados num conceito uno, onde o som, a melodia, algumas vezes em ruptura, se limitam a conferir cor às nossas ideias, fantasias, qual arma imagética. É um projecto interesantíssimo, principalmente para aqueles que não se importam de experimentar, que procuram algum tipo de aventura noutros campos musicais menos solícitos. Não está nos picos da originalidade mas que o risco existe, existe. O disco custa 10 €, mas para quem não pode, ELE VIVE AQUI e com faixa multimédia

"Puget Sound" - Puget Sound (2004/Borland/Essay Collective)

Electric Marbles
01.intro marbles
02.magnifying glass
03.fish

The Boy With a Broken Leg
04.do you have something against blue?
05.writer on a loop
06.juggling to amsterdam

Daily Misconceptions
07.stundum
08.fyrir ofan
09.innan ? kafi

Faixa Mutimedia
- You (I can't afford)

Sítio: www.essaycollective.org
Sítio: www.bor-land.com

Mensagens populares deste blogue

AVISOS À NAVEGAÇÃO|http://a-trompa.net

A trompa morreu, a trompa renasceu! O blogue a trompa tem uma casa nova; mais arrumada, sem blogspot e com algumas novidades. Agora integrado na rede de blogs nacionais, TubarãoEsquilo, aumenta também a esperança de poder levar a música portuguesa a públicos mais diversificados. Foi um fim-de-semana intenso mas ela aí está, a nova trompa, com todos os seus 6.675 posts: http://a-trompa.net - agora, façam o favor de actualizar os vossos links! http://a-trompa.net

BREVES|Primitive Reason apresentam "Cast the Way"

Chama-se "Cast the Way" e é o novo trabalho dos Primitve Reason. O novo EP, a lançar em 17 de Dezembro, numa edição limitada e exclusivamente na Internet, servirá para antecipar o novo álbum do grupo, a lançar durante o Verão de 2008. No line-up da banda, para além dos históricos Guillermo De Llera (voz e percussão), James Beja (baixo e voz) e Abel Beja (guitarra e voz), estão agora também Pepe de Souza (bateria) e Ricardo Barriga (guitarra). O single de avanço chama-se "The Reckoning Beneath" e já está em audição! Ouvir o novo single "The Reckoning Beneath" ; entre outros temas. "Cast the Way" - Primitive Reason (Kaminari Records, 2007) Metal/Reggae/Alternative www.primitivereason.com/

RECORDAÇÕES|"Anonimato" - Anonimato

A recordação ou o regresso ao Alentejo; o de sempre, aquele do suor, das noites frias de Inverno, da vadiagem...de tudo. Mas...regressando à música, algum espaço para os Anonimato; fenómeno especialmente regional - e que fenómeno - os Anonimato foram durante os anos de 1990 a 1997 um dos grandes - se não os maiores - embaixadores do pop-rock alentejano - sim, alentejano, neste âmbito até faz sentido. Com dois álbuns editados durante a sua curta carreira, este, o homónimo, traz os temas pelos quais o quarteto bejense mais ficou conhecido e que maior furor fizeram por esse Baixo Alentejo fora: "Sei que não sou" - pois claro, "Gravatas" e "Grão de Amor". Mas porquê? Não sei, senão as recordações que trazem, o que fazem sentir, a agradável textura pop que acompanha boa parte daquelas sinceras palavras lusas; bem medidas, bem sentidas. Depois, ainda h...