É preciso respirar fundo. Quando colocar a rodela a correr sob o laser, naturalmente já saberá o que o espera. Já saberá que está na presença de um dos discos mais estranhos do ano. E isto é bom, ponto final.
O experimentalismo sonoro tem hoje entre nós - e não só - um campo de progressão quase incontrolável, não sendo difícil encontrar quem nele navegue por estes dias. Há algo que naturalmente facilita hoje esta progressão pois não raras vezes este trabalho se desenvolve em nome individual - as novas tecnologias isso possibilita, isso permite. Mas...o que vai neste "Quarto Escuro" que faz dele um dos discos mais fascinantes de 2005?
É exactamente o contrário do que já aqui referi. Este, é um trabalho colectivo, estranho mas colectivo e filho varão das potencialidades criadas pela moderna tecnologia. The Nevermet Ensemble é isso mesmo, é o fruto criado por quem nunca se viu enquanto este se concebia. A loucura maior nem é essa, o meio, a forma, incrível é mesmo o resultado alcançado: já o tinha dito antes e repito, é "delirante, naturalmente fascinante". Pode ler-se no sítio da Rudimentol Records "The musicians never met. They don't even know each other. Recordings were sent by mail from Belgium, France, Italy, Japan, Spain and the United States, to be mixed in a small room in Lisbon, Portugal." Em Lisboa pois claro; mas de quem é o quarto afinal?
"Mixed by Miguel Cabral": é dele.
O resto é o delírio, incontrolável, abrupto, delicioso e nada convencional, só mesmo experimentando; são estes os artistas e esta é a sua arte:
"> Alex Temple: synthesizers, effects, sampler, noise.
> Brekekekexkoaxkoax (Josh Ronsen): clarinet, ring modulator, field recordings.
> Emmanuel Ferrand: organs, synthesizers, circuit bendings, effects, found footages, electric guitar, field recordings, objects.
> Godfried-Willem Raes: (Automats) «Vibi», «Troms», «Piperola», «Harma», «Player Piano».
> Miguel Cabral: voice, violin, flute, «saxoo», drums, percussion, organs, mandolin, guitars, tape recorder, accordion, piano, objects.
> Paco Balbuena & Remedios Ayala: computer, effects, audio manipulations, percussion, field recordings, found footages, piano, radio.
> Phobode (Giuseppe Mileti): computer and sounds manipulation.
> Tetsuro Yoshimitsu: radio waves, radio recordings." (Fonte: www.rudimentol.com)
Depois das brilhantes experiências já oferecidas por Soopa e Kubik, The Nevermet Ensemble completa o leque dos mais interessantes ensaios da moderna musicologia portuguesa de 2005.
Aventurem-se...
Felizmente, nada é secreto, a experiência está em boa parte AQUI e traz bónus.
O experimentalismo sonoro tem hoje entre nós - e não só - um campo de progressão quase incontrolável, não sendo difícil encontrar quem nele navegue por estes dias. Há algo que naturalmente facilita hoje esta progressão pois não raras vezes este trabalho se desenvolve em nome individual - as novas tecnologias isso possibilita, isso permite. Mas...o que vai neste "Quarto Escuro" que faz dele um dos discos mais fascinantes de 2005?
É exactamente o contrário do que já aqui referi. Este, é um trabalho colectivo, estranho mas colectivo e filho varão das potencialidades criadas pela moderna tecnologia. The Nevermet Ensemble é isso mesmo, é o fruto criado por quem nunca se viu enquanto este se concebia. A loucura maior nem é essa, o meio, a forma, incrível é mesmo o resultado alcançado: já o tinha dito antes e repito, é "delirante, naturalmente fascinante". Pode ler-se no sítio da Rudimentol Records "The musicians never met. They don't even know each other. Recordings were sent by mail from Belgium, France, Italy, Japan, Spain and the United States, to be mixed in a small room in Lisbon, Portugal." Em Lisboa pois claro; mas de quem é o quarto afinal?
"Mixed by Miguel Cabral": é dele.
O resto é o delírio, incontrolável, abrupto, delicioso e nada convencional, só mesmo experimentando; são estes os artistas e esta é a sua arte:
"> Alex Temple: synthesizers, effects, sampler, noise.
> Brekekekexkoaxkoax (Josh Ronsen): clarinet, ring modulator, field recordings.
> Emmanuel Ferrand: organs, synthesizers, circuit bendings, effects, found footages, electric guitar, field recordings, objects.
> Godfried-Willem Raes: (Automats) «Vibi», «Troms», «Piperola», «Harma», «Player Piano».
> Miguel Cabral: voice, violin, flute, «saxoo», drums, percussion, organs, mandolin, guitars, tape recorder, accordion, piano, objects.
> Paco Balbuena & Remedios Ayala: computer, effects, audio manipulations, percussion, field recordings, found footages, piano, radio.
> Phobode (Giuseppe Mileti): computer and sounds manipulation.
> Tetsuro Yoshimitsu: radio waves, radio recordings." (Fonte: www.rudimentol.com)
Depois das brilhantes experiências já oferecidas por Soopa e Kubik, The Nevermet Ensemble completa o leque dos mais interessantes ensaios da moderna musicologia portuguesa de 2005.
Aventurem-se...
Felizmente, nada é secreto, a experiência está em boa parte AQUI e traz bónus.
"Quarto Escuro" - The Nevermet Ensemble (2005/Rudimentol Records)
01 Une Minute
02 The Straw - grand, amálgama sonora desconcertante
03 Brazen Whispers
04 Gastrix Reloaded -
05 Insomniac Chronicles
06 Paura
07 O Passado
08 Ocho Fracturas
09 Joguki Mimi
10 Complicazione
11 Onze
Experimental
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