CONCERTOSCristina Branco no S.Luiz
Qual beleza púrpura.
Ontem, num Teatro Municipal S.Luiz por esgotar, Cristina Branco cantou e encantou. A mim.
Facilmente admitiria que para outros, desiludiu...para os mais distraídos, para aqueles que entraram na emblemática sala à espera de ouvir uma fadista a tempo inteiro, sempre fadista. Errado. Pois bem, como já se sabia (para os tais atentos), Cristina Branco não é só fado, não é só tristeza, muito pelo contrário, várias vezes se apela à alegria, ao optimismo e à esperança, cantando-se em castelhano e em inglês...e bem. Cristina Branco tem esta característica, não é apenas fadista (sim também o é) é antes de mais uma artista, bela, capaz, completa, que navega por mares vários à deriva de um quê, de um qual, de uma forma diferente de cantar e emocionar, combinando o piano, a guitarra portuguesa e uma alma. Não é só fado. É aqui que desilude, que confunde...alguns dos outros, os mais distraídos. Cristina Branco canta e cativa.
E porque Cristina Branco não se limita ao fado, mesmo cantando históricos como "Fado Português", "Havemos de ir a Viana" ou "Gaivota" (um pouco mais aclamados, sempre), a artista lá vai deambulando por sons de um outro classicismo (quase sempre pelo piano de Ricardo Dias), nunca se deixando enlear definitivamente nas amarras daquela saudade, da velha saudade. Num espectáculo dedicado fundamentalmente à apresentação do último "Ulisses", referência especial para o aclamadíssimo (e feliz) "Sete pedaços de vento" e para o saudoso "Redondo vocábulo" de José Afonso, ambos temas do último disco.
Mas há outra razão para o sucesso de Cristina Branco: os músicos, todos, especialmente Custódio Castelo, um extraordinário músico, um virtuoso da guitarra portuguesa. Emociona vê-lo tocar e agitar-se na cadeira com vontade de dançar pelo palco fora, agarrado à guitarra. Incrível.
Enfim, não tenho a certeza se a música de Cristina Branco é fado (pelo menos sempre), a certeza que tenho, é que a sua alma é de fadista (dê as voltas que der), e das generosas.
No fim, aplaudida de pé, lá tivemos o encore de 2 temas.
Não brilhantíssima mas brilhante...a noite!
Ontem, num Teatro Municipal S.Luiz por esgotar, Cristina Branco cantou e encantou. A mim.
Facilmente admitiria que para outros, desiludiu...para os mais distraídos, para aqueles que entraram na emblemática sala à espera de ouvir uma fadista a tempo inteiro, sempre fadista. Errado. Pois bem, como já se sabia (para os tais atentos), Cristina Branco não é só fado, não é só tristeza, muito pelo contrário, várias vezes se apela à alegria, ao optimismo e à esperança, cantando-se em castelhano e em inglês...e bem. Cristina Branco tem esta característica, não é apenas fadista (sim também o é) é antes de mais uma artista, bela, capaz, completa, que navega por mares vários à deriva de um quê, de um qual, de uma forma diferente de cantar e emocionar, combinando o piano, a guitarra portuguesa e uma alma. Não é só fado. É aqui que desilude, que confunde...alguns dos outros, os mais distraídos. Cristina Branco canta e cativa.
E porque Cristina Branco não se limita ao fado, mesmo cantando históricos como "Fado Português", "Havemos de ir a Viana" ou "Gaivota" (um pouco mais aclamados, sempre), a artista lá vai deambulando por sons de um outro classicismo (quase sempre pelo piano de Ricardo Dias), nunca se deixando enlear definitivamente nas amarras daquela saudade, da velha saudade. Num espectáculo dedicado fundamentalmente à apresentação do último "Ulisses", referência especial para o aclamadíssimo (e feliz) "Sete pedaços de vento" e para o saudoso "Redondo vocábulo" de José Afonso, ambos temas do último disco.
Mas há outra razão para o sucesso de Cristina Branco: os músicos, todos, especialmente Custódio Castelo, um extraordinário músico, um virtuoso da guitarra portuguesa. Emociona vê-lo tocar e agitar-se na cadeira com vontade de dançar pelo palco fora, agarrado à guitarra. Incrível.
Enfim, não tenho a certeza se a música de Cristina Branco é fado (pelo menos sempre), a certeza que tenho, é que a sua alma é de fadista (dê as voltas que der), e das generosas.
No fim, aplaudida de pé, lá tivemos o encore de 2 temas.
Não brilhantíssima mas brilhante...a noite!
www.cristinabranco.com