Às vezes é necessário saber virar a página. Os Coldfinger sentiram-no e viraram-na; na hora certa. Chama-se "Supafacial".
Tornou-se redundante dizer que os Coldfinger regressaram diferentes - logo ao início, o tema "Supafacial" indicia-o. Claro que regressaram diferentes, no entanto, não o fizeram de uma forma desconexa - em nada. Há evolução, relação, acima de tudo há uma ligação às raízes que se percebe aqui e ali nesta nova direcção - sobrevivência feita prazer? Os Coldfinger entraram em fase de síntese. Mas sim, virou-se uma página.
Cinco anos depois do sublime "Sweet Moods and Interludes" (Lisbon City Records, Zona Música, 2002) e com nova formação (Margarida Pinto, Miguel Cardona, Nuno e Ruca), os Coldfinger assumem-se descaradamente como uma banda pop-rock; um rock desenfreado e amarrado na pressão fortíssima da electrónica que jorra por todo o "Supafacial". Menos introspectivos que nos discos anteriores - para trás lançaram a veia bristoliana que os perseguia, os Coldfinger lançaram-se num fórmula mais directa e imediata de fazer rock, num apelo brutal à pista de dança. Brutal...
Felizmente pop. Felizmente porque aos arranjos, só a voz luminosa de Margarida Pinto conseguiria dar a coesão final que se sente em "Supafacial". Fantástica. Expressiva; é assim que a música em "Supafacial", seja em tons ainda ambientais, em cenários mais disco ou em aproximações ao electropunk, ganha as cores vivas que tem. Sim, porque vivas são as cores que pintam o novo álbum dos Coldfinger. Muito vivas...
No fim, a mudança transforma-se apenas em reinvenção. Não é a obra-prima que todos os discos de músicos portugueses têm de ser para vingar neste país - aos olhos de alguns, é antes um disco cheio de grandes vibrações, um disco cheio de grandes e grandes canções - uma mão não chega.
Estão vivos...excelente surpresa.
Ouvir alguns sons de "Supafacial".
Tornou-se redundante dizer que os Coldfinger regressaram diferentes - logo ao início, o tema "Supafacial" indicia-o. Claro que regressaram diferentes, no entanto, não o fizeram de uma forma desconexa - em nada. Há evolução, relação, acima de tudo há uma ligação às raízes que se percebe aqui e ali nesta nova direcção - sobrevivência feita prazer? Os Coldfinger entraram em fase de síntese. Mas sim, virou-se uma página.
Cinco anos depois do sublime "Sweet Moods and Interludes" (Lisbon City Records, Zona Música, 2002) e com nova formação (Margarida Pinto, Miguel Cardona, Nuno e Ruca), os Coldfinger assumem-se descaradamente como uma banda pop-rock; um rock desenfreado e amarrado na pressão fortíssima da electrónica que jorra por todo o "Supafacial". Menos introspectivos que nos discos anteriores - para trás lançaram a veia bristoliana que os perseguia, os Coldfinger lançaram-se num fórmula mais directa e imediata de fazer rock, num apelo brutal à pista de dança. Brutal...
Felizmente pop. Felizmente porque aos arranjos, só a voz luminosa de Margarida Pinto conseguiria dar a coesão final que se sente em "Supafacial". Fantástica. Expressiva; é assim que a música em "Supafacial", seja em tons ainda ambientais, em cenários mais disco ou em aproximações ao electropunk, ganha as cores vivas que tem. Sim, porque vivas são as cores que pintam o novo álbum dos Coldfinger. Muito vivas...
No fim, a mudança transforma-se apenas em reinvenção. Não é a obra-prima que todos os discos de músicos portugueses têm de ser para vingar neste país - aos olhos de alguns, é antes um disco cheio de grandes vibrações, um disco cheio de grandes e grandes canções - uma mão não chega.
Estão vivos...excelente surpresa.
Ouvir alguns sons de "Supafacial".
"Supafacial" - Coldfinger (Lisbon City Records, Zona Música, 2007)
01 Supafacial
02 Dragonfly
03 Beat Kick
04 TRK
05 Perception or Nothing
06 Song Six
07 Feeling Resides
08 Hard 2B The Bastard
09 I Breathe
10 Sputniko
11 Bitch Pitcher
12 Swingcat
13 Missunderstone
14 Production Credits
Alternativa/Pop
www.coldfinger.no.sapo.pt (fanpage)